Multiplicação diferente – Revista Natureza

TEXTO E FOTOS: Josi Cardoso

Conheça duas técnicas para obter mudas das belas Echeveria gibbiflora

Echeveria gibbiflora

Cada dia mais queridas pelos apreciadores de suculentas, as Echeveria gibbiflora encantam com suas rosetas grandes e cheias de babados. São muitos os híbridos com cores e texturas bem diferentes, e quem encontra uma nova já quer logo fazer uma muda. Porém, no caso específico das gibbiflora, a tradicional reprodução por folhas não dá certo. A folha arrancada até chega a desenvolver raízes, mas não forma uma nova muda. O jeito, então, é recorrer a técnicas menos convencionais, como a reprodução pela haste floral ou por decapitação da planta-mãe. Apesar dos nomes assustadores, os dois procedimentos são bem simples.

Material necessário:
• Echeveria gibbiflora com hastes florais
• 2 vasos com furos no fundo
• Substrato vegetal ou próprio para suculentas
• Fertilizante de liberação lenta NPK 4-14-8
• Cola instantânea
• Tesoura

REPRODUÇÃO PELA HASTE FLORAL

1 – Corte a haste floral e use cola instantânea para isolar a ferida que ficou na planta-mãe. A cola protege contra fungos, bactérias e evita a entrada de água, e a planta continua se desenvolvendo normalmente. Para o sucesso da multiplicação, é essencial que a haste escolhida esteja com as flores abertas.

Haste floral já retirada
Aplicação de cola nas feridas.
Dispensando as flores

2 – Dispense o pedaço da haste que contém as flores e divida o restante em partes.

Dividindo em partes

Nessa técnica, a haste floral da suculenta é dividida em pedaços, para formar várias novas mudas.

Aplicando cola nas feridas

3 – Aplique cola nas feridas, deixe secar e plante em um vaso com substrato.

Hastes já plantadas

4 – Coloque o adubo de liberação lenta, mas não molhe ainda (o vaso só deve receber água uma semana após o plantio). Deixe-o em um local bem iluminado, mas não sob sol pleno.

Adubo de liberação lenta

5 – Na hora de regar, molhe levemente o substrato, sem atingir as folhas. Em oito semanas, as novas mudas estarão bem formadas (elas são verdes quando jovens) e a haste floral usada na multiplicação terá secado. Agora é só fazer o transplante para o local definitivo.

Em oito semanas novas mudas surgirão

REPRODUÇÃO POR DECAPITAÇÃO

Cortando a Echeveria gibbiflora

A vantagem dessa técnica é que a Echeveria gibbiflora não precisa estar florida para ser multiplicada. A parte superior da planta é cortada e colocada em outro vaso, formando uma nova muda, e brotações surgem na planta-mãe.

Deixe um pouco de folhas no caule

1 – Corte a Echeveria gibbiflora deixando um pouco de folhas no caule. As folhas ajudam na absorção de nutrientes e são muito importantes para a recuperação da planta-mãe.

Aplicando cola, deixe secar

2 – Aplique cola instantânea nas feridas da planta-mãe e da muda. Deixe secar.

Roseta já plantada em um vaso preparado

3 – Plante a roseta em um vaso com substrato e distribua o adubo, mas não regue. Depois de uma semana, você já pode começar a molhar, mas somente a terra, sem atingir as folhas.

Pequenas mudas nascem ao redor do caule da planta-mãe

4 – A planta-mãe, por sua vez, dará origem a várias pequenas mudas ao redor do caule cortado. Espere elas crescerem um pouco e transplante para outro vaso.

A ESPECIALISTA

JOSI CARDOSO é jardinista e tem um jardim com mais de 1.200 espécies de
suculentas. Também vende plantas na sua loja virtual Jardim de Josi Cardoso.



Ler mais…

Deixar um comentario

quinze − 1 =

Faça um orçamento!